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Obstetrícia

Gravidez ectópica: o que é, sintomas e como tratar

junho 7, 2024
gravidez ectopica

A gravidez ectópica é uma condição séria que pode representar riscos significativos à saúde das mulheres em idade reprodutiva. 

Neste blog, abordaremos detalhadamente sobre os riscos da gravidez ectópica, explorando desde sua definição e causas até suas implicações clínicas e opções de tratamento disponíveis.

Boa leitura!

O que leva a uma gravidez ectópica?

Uma gravidez ectópica acontece quando o óvulo fertilizado não consegue chegar até o útero e se implanta em uma região fora dele, muitas vezes nas tubas uterinas.

As tubas uterinas são estruturas tubulares que fazem parte do sistema reprodutor feminino. Elas são responsáveis por transportar os óvulos liberados pelos ovários em direção ao útero, onde a fertilização geralmente ocorre.

Quanto tempo dura uma gravidez ectópica?

O tempo de duração de uma gravidez ectópica pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo a detecção precoce e o tratamento adequado. 

Em muitos casos, uma gravidez ectópica é diagnosticada nas primeiras semanas de gestação, geralmente entre 6 e 8 semanas, quando os sintomas começam a se manifestar.

Quais são os tipos de gravidez ectópica?

Os tipos mais comuns são:

  • Gravidez tubária: este é o tipo mais comum de gravidez ectópica, onde o óvulo fertilizado se implanta dentro da tuba uterina. A gravidez pode ocorrer na porção ampular (mais próxima do útero) ou na porção ístmica (mais próxima do ovário) da tuba uterina.
  • Gravidez abdominal: neste tipo, o óvulo fertilizado se implanta na cavidade abdominal, fora das tubas uterinas. Isso pode acontecer se a gravidez tubária se romper e o embrião se alojar na cavidade abdominal.
  • Gravidez ovariana: aqui, o óvulo fertilizado se implanta no próprio ovário. Este é um tipo raro de gravidez ectópica.
  • Gravidez cervical: o óvulo fertilizado se implanta no colo do útero, a parte inferior do útero que se abre para a vagina. Essa é uma forma incomum de gravidez ectópica.
  • Gravidez cornual ou intersticial: Esta é uma forma rara de gravidez ectópica em que o óvulo fertilizado se implanta na porção do útero que se projeta para fora em direção à cavidade abdominal. 

Isso pode resultar em uma ruptura uterina potencialmente fatal se não for diagnosticada e tratada precocemente.

Cada tipo de gravidez ectópica requer uma abordagem específica de diagnóstico e tratamento.

Quais são os sintomas de gravidez ectópica?

Alguns dos sintomas comuns incluem:

  1. Dor abdominal ou pélvica: a dor pode ser aguda, localizada em um lado do abdômen, e pode piorar com o tempo. Pode ser acompanhada de cólicas abdominais.
  1. Sangramento vaginal: o sangramento pode variar de leve a intenso e pode ser contínuo ou intermitente. Pode ser de cor vermelha ou marrom.
  1. Desconforto durante a ovulação: algumas mulheres podem sentir dor ou desconforto durante a ovulação, o que pode ser um sinal precoce de gravidez ectópica.
  1. Dor durante relações sexuais: a dor durante a relação sexual pode ocorrer devido à sensibilidade aumentada na região pélvica.
  1. Tontura ou desmaio: isso pode ocorrer se houver uma hemorragia interna significativa devido à ruptura da gravidez ectópica.
  1. Dor no ombro: em casos mais graves, a dor pode irradiar para o ombro devido à irritação do diafragma causada pelo sangue irritante na cavidade abdominal.
  1. Sintomas de gravidez comuns: alguns sintomas de gravidez, como náuseas, aumento da sensibilidade nos seios e cansaço, podem estar presentes, mas geralmente são menos pronunciados em comparação com uma gravidez normal.

É importante estar ciente desses sintomas e procurar atendimento médico imediato se você estiver grávida ou suspeitar de gravidez e apresentar algum desses sinais, especialmente se houver dor abdominal intensa, sangramento vaginal ou tontura.

Como é feito o diagnóstico de uma gravidez ectópica?

O diagnóstico de uma gravidez ectópica geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, exames de imagem e testes laboratoriais. Aqui estão os principais métodos utilizados para diagnosticar essa condição:

  • Exame físico: o médico realizará um exame pélvico para avaliar a presença de dor, sensibilidade ou massa anormal no abdômen ou na pelve. Isso pode ajudar a identificar sinais de uma possível gravidez fora do útero
  • Teste de gravidez: um teste de gravidez no sangue pode ser realizado para medir os níveis do hormônio beta-hCG. Níveis anormais ou que não aumentam conforme o esperado podem indicar uma gravidez ectópica.
  • Ultrassonografia: A ultrassonografia pélvica é uma ferramenta essencial para o diagnóstico deste tipo de gravidez. 

Ela pode ajudar a identificar a localização do embrião e determinar se está dentro do útero ou em outro local, como nas trompas de Falópio ou na cavidade abdominal.

  • Ultrassonografia transvaginal: este tipo de ultrassonografia oferece uma visão mais detalhada da pelve e pode ajudar a detectar uma gravidez ectópica em estágios mais precoces.
  • Exames de sangue: como, por exemplo, a contagem de células sanguíneas completa e os níveis de hormônios, podem ser realizados para avaliar a saúde geral da paciente e detectar sinais de hemorragia ou infecção.
  • Laparoscopia: em casos de suspeita de gravidez ectópica com sinais de ruptura ou instabilidade hemodinâmica, a laparoscopia pode ser necessária para um diagnóstico definitivo. 

Este procedimento envolve a inserção de uma pequena câmera na cavidade abdominal para visualizar diretamente os órgãos internos.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações graves associadas à gravidez ectópica.

Como é o tratamento de uma gravidez ectópica?

O tratamento de uma gravidez ectópica depende da localização da gravidez, da condição da paciente e da gravidade dos sintomas. Veja abaixo:

Observação cuidadosa

Em alguns casos de gravidez ectópica inicial sem sintomas graves, o médico pode recomendar uma abordagem de “esperar para ver”, com monitoramento regular dos níveis de hormônio beta-hCG e ultrassonografias repetidas.

O médico faz isso para observar se a gravidez se desenvolve normalmente ou regredirá espontaneamente.

Injeção de metotrexato

Este medicamento é frequentemente utilizado para tratar gravidezes ectópicas não complicadas, especialmente se a gravidez for detectada precocemente e os sintomas não forem graves. 

O metotrexato ajuda a interromper o crescimento do tecido gestacional fora do útero.

Cirurgia

Se a gravidez ectópica causar sintomas graves, ruptura ou hemorragia interna, a cirurgia pode ser necessária. 

O tipo de cirurgia depende da localização e da condição da gravidez. A laparoscopia é frequentemente usada para remover o tecido gestacional das trompas de Falópio (tubas uterinas) ou de outras áreas afetadas.

Salpingectomia

Em casos mais graves ou se houver danos significativos às trompas de Falópio, pode ser necessária a remoção cirúrgica parcial ou total da trompa afetada.

Independentemente do tratamento escolhido, o acompanhamento médico regular é essencial para garantir que a gravidez ectópica seja completamente resolvida e para monitorar qualquer complicação ou recorrência.

Quais são os riscos de uma gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é assunto sério, alguns dos principais riscos associados incluem:

  • Ruptura tubária: uma das complicações mais graves é a ruptura do tubo uterino onde a gravidez está localizada. Isso pode levar a uma hemorragia interna potencialmente fatal e requer intervenção médica urgente.
  • Perda de fertilidade: dependendo da gravidade da gravidez e da necessidade de intervenção cirúrgica, pode haver danos às trompas de Falópio. Em casos graves, isso pode resultar na remoção parcial ou total das trompas, o que pode afetar a capacidade da mulher de conceber no futuro.
  • Infertilidade futura: mulheres que já tiveram correm maior risco de ter outra no futuro. Além disso, se houver danos significativos às trompas de Falópio, isso pode aumentar o risco de infertilidade permanente.
  • Recorrência: mulheres que tiveram esse tipo de gravidez têm um risco aumentado de ter outra no futuro. É importante que essas mulheres recebam um acompanhamento médico cuidadoso e considerem opções de tratamento e prevenção adicionais com seus médicos.
  • Morte materna: Embora seja raro, em casos de ruptura tubária grave ou hemorragia interna significativa, uma gravidez deste tipo não tratada pode resultar em morte materna. 

Portanto, é crucial que as mulheres reconheçam os sintomas e busquem atendimento médico imediato se houver suspeita.

Ginecologista e Obstetra humanizado em Governador Valadares

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Dra. Jéssica Zamboni
Ginecologista Obstetra

RQE: 60921 | CRM: 73812-MG
Pré-natal & Parto Humanizado


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